segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Segunda-Feira, 28 de fevereiro 2011, 09h00
Você decide a quem dará a vitória
Nosso coração é um terreno em que Jesus e o inimigo são os semeadores. Podemos frutificar as sementes que Jesus semeia, ou, infelizmente, frutificar as sementes que o príncipe deste mundo lança sobre nós. É preciso decidir frutificar unicamente as sementes de Jesus senão, veja o que acontece:

“Quando o espírito impuro sai de um homem, ele percorre as regiões áridas em busca de descanso, mas não o encontra. Então, diz consigo mesmo: ‘Vou tornar à minha morada de onde saí’. Ao chegar, encontra-a desocupada, varrida e arrumada. Então, vai tomar consigo mais sete espíritos piores do que ele, lá entrar e se instalam. E o último estado deste homem torna-se pior que o primeiro” (Mt 12,43-45a)

Jesus nos mostra, nesta Palavra, que o inimigo não desiste: Ele é o usurpador. Se no passado ele conseguia se instalar em sua vida, se você abriu brecha e ele entrou se instalando em áreas da sua vida, fique atento. Saiba que, embora Jesus o tenha libertado, o inimigo continuará rodeando e buscando uma antiga brecha para entrar de novo e se instalar.

Jesus nos alerta: “Preparem-se para a tentação, porque o inimigo não vai perder vocês! Ele não vai querer perder o terreno que havia usurpado”. Ao mesmo tempo, o Senhor nos garante: “Eu orei pra ti, a fim de que a tua fé não desapareça” (Lc 22,32a). E ao Pai Ele ora: “Eu rogo por eles. Eu não te peço que os tires do mundo, mas que os guardes do Maligno” (Jo17,9a.15). Enfrentaremos tentações, mas não estaremos sós. Jesus está conosco, orando por nós, torcendo por nossa vitória.

Até o final de nossa vida seremos um terreno disputado. Somos nós que daremos a vitória a Jesus ou ao demônio. A quem você quer servir? Quem você deixará entrar em sua vida? No passado, muitas vezes demos vitória ao demônio. Deixamos que ele tomasse nossa mente, nossos sentimentos, nosso corpo. Tornamo-nos tolos nas mãos do inimigo. Mas Jesus é o Senhor deste terreno que somos nós. Só a Ele podemos dar a vitória.
Diante dessa realidade, temos uma promessa de Jesus na carta de São Tiago:

“Feliz o homem que suporta a provação, porque, depois de testado, receberá a coroa da vida, prometida àqueles que O amam” (Tg 1,12).

A palavra “testado” aqui é muito importante. “Todos nós, criaturas humanas, passamos pela provação.” É o teste pelo qual todos precisamos passar. Também os anjos passarão pela prova. Uma multidão de anjos venceram: foram vitoriosos porque obedeceram. Mas houve também uma quantidade enorme de anjos que não passaram na “prova”: foram testados, mas, infelizmente, desobedeceram, se rebelaram, se revoltaram e tornaram-se os anjos do mal: os demônios. O mesmo ocorre conosco: não existe quem não passe pela provação.

Ouvi esta explicação dos lábios de Dom Terra, teólogo e doutor em Sagrada Escritura: “Todas as criaturas precisam passar pela ‘provação’. Os anjos já foram provados. Agora somos nós: é nossa vez. Todos nós, criaturas humanas, estamos passando pela ‘prova’. O resultado do final será: ‘aprovados’ ou ‘reprovados’. Assim foi com os anjos; assim será conosco”.

Confesso que essa explicação mexeu comigo. Fui tomado de um temor. Não tive dúvida: ouvi tudo dos lábios de um bispo, de um teólogo e doutor em Sagrada Escritura. É como se Deus mesmo me dissesse: Jonas, preste atenção! Isso é real, é verdade, é de fé: os anjos já fora provados. Agora é você. Ou você passa pela “prova” e é “aprovado” ou ...
Repito: isso encheu-me de um santo temor. Estou na prova. Estamos na provação.

A salvação é gratuita, mas o Senhor nos faz passar pela prova. Para conseguir em emprego, você passa por um teste; para entrar numa faculdade, você faz um vestibular. Todos nós passamos pela provação. Por isso o Senhor não retira a tentação. O demônio acaba fazendo um serviço a Deus. Ele, que já foi reprovado, é usado hoje para nos provar. Eis a razão da tentação.

Para os anjos, foi uma situação arriscada; dali dependia o destino deles. Igualmente, todos nós passamos por uma situação arriscada: o risco de se salvar ou se perder; o risco de dar a vitória a Jesus ou ao demônio. Podemos ser aprovados ou reprovados.

O demônio está aí para nos testar. Ele é como o ácido colocado sobre o metal para testar sua autenticidade! O ácido derramado no ouro não o escurece; se escurecer, não é ouro. Estamos passando pelo teste.

Quando o demônio é expulso de uma casa (a casa de nosso coração), ele não desiste; fica esperando uma brecha com sete piores do que ele. Se não der brecha, ele não tem como entrar. Mas, se entra, o estado dessa pessoa torna-se pior do que antes. Porém o Senhor nos garante que não estamos sós: Ele está conosco, orando e intercedendo por nós, para não cairmos novamente em tentação.

Trecho retirado do livro "Combatentes na provação" de monsenhor Jonas Abib

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